Chegou ao fim a participação portuguesa no Campeonato da Europa de Absolutos e importa, agora, fazer um balanço dos resultados alcançados.

Alcançados que foram os objectivos mínimos, a manutenção de Portugal entre as principais potências do padel europeu, importa, contudo, fazer uma reflexão sobre o sucedido.
Em primeiro lugar, queremos deixar claro o orgulho que sentimos pela forma como todos os elementos da delegação portuguesa dignificaram o nome do nosso país e as cores da nossa bandeira, pelo modo como representaram o padel português e esta federação.

Assistimos, com emoção, à forma como a equipa masculina se afirmou como a segunda melhor selecção do torneio, sobretudo pela forma como, com notável ambição, enfrentaram a todo-poderosa Espanha, demonstrando que a distância, que sabemos ainda existir, vai sendo encurtada, pouco a pouco: se, há poucos anos, dificilmente poderíamos aspirar a discutir jogos de serviço, jogamos agora para discutir o resultado e ganhar sets em jogos equilibrados. Ao Nuno, ao Miguel, ao Fazendeiro, ao Perry, ao Peu, ao Vasco, ao Diogo e ao Luque, o nosso muito obrigado por aquilo que fizeram durante toda a prova, conduzidos de forma brilhante pelo Gervásio e pelo Zé, que continuam a brindar-nos com grandes sucessos.
Sofremos, também, com uma equipa feminina que foi capaz de se superar em diversas ocasiões, caindo, de pé, diante de uma equipa francesa que soube ser melhor e impedir-nos de chegar ao pódio. Por tudo o que fizeram e lutaram, estão também todas de parabéns. Obrigado, Sofia, Noggy, Patrícia, Kátia, Maggie, Vilela, Cláudia e Constança! Obrigado, também, ao Marcelo e à Leninha, pois a sua dedicação e capacidade de motivação é inigualável.

Em suma este lote de jogadores e equipa técnica demonstraram um comportamento irrepreensível, dentro e fora de campo, não deixando qualquer dúvida sobre a sua ética, integridade e idoneidade – valores muitas vezes esquecidos pela sede de vitória a qualquer custo. Mais uma vez o espírito de equipa dos nossos jogadores e equipa técnica ficou bem patente, o que motivou diversas referências por parte de terceiros – Portugal é um exemplo a observar e a seguir.
Uma palavra também para a Catarina Carvalho, que liderou a comitiva portuguesa em mais esta competição internacional, que tanto dignificou o padel português, e para o Luis Ribeiro, que tão bem trata os nossos atletas e é já um nono jogador em cada selecção.

Sabemos qual o nosso caminho, estamos conscientes de como e onde temos de melhorar, mas estamos, sobretudo, seguros de que os nossos atletas são motivo de orgulho para todos, não apenas por aquilo que alcançaram, mas pela insatisfação com os resultados, o que demonstra a dimensão da sua ambição, e consequente vontade de chegar ainda mais alto.

Pau! Pau! Pau!
Portugal! Portugal! Portugal!

Ricardo Oliveira
Presidente da Federação Portuguesa de Padel